Academia Militar de Roma

Na calada da noite e quebrando o silencio da academia, passos se aproximam do portão principal deixando os guardas em alerta, quando um homem muito forte e aparentando ter lutado muitas batalhas chega acompanhando de dois guerreiros, um deles muito forte e o outro forte e em sua face pode se vêr os anos de batalha e as experiencia e marcas adquiridas. Quando mais próximo dos guardas o homem a frente fala:

-Sou Eric Edbert, cheguei hoje de viagem e lorde Romulos me mandou aqui para falar diretamente com seu capitão. Imagino que lorde Romulos já tenha enviado uma mensagem sobre minha chegada.

Os guardas dão de ombros e riem pelo aspecto estranho da figura que se posta a sua frente mas logo um deles toma a frente, com uma maçã nas mãos dando uma mordida, e falando com a boca cheia sem nenhum pudor.

- Entendi, nosso capitão encontra-se em treinamento...se o senhor desejar podemos escoltá-lo até o salão...


Ele ergue a mão apontando para uma porta dupla de madeira com cerca de 2,5 metros de altura e 2 m de comprimento.

Eric olha os guardas com seriedade, apos poucos segundos os guardas podem reparar suas feições rígidas se quebrarem em um discreto e assustados sorriso, quase como um leão abrindo lentamente sua mandíbula para abocanhar um inseto rondando seu focinho.

-Claro claro, mostre-nos o caminho.

O guarda parece intimidado com as feições animalescas do homem a sua frente e se vira de costas com certo receio abrindo a porta dupla.

Lá Eric pode ouvir o ribombar do aço pelos corredores, gritos de combates e o cheiro do suor é quase palpável.
Um longo corredor se estende até uma abertura em arco, dos lados pode-se ver pinturas de uma loba amamentando duas crianças humanas.

Ao se deparar com tal atmosfera, Eric se vê quase que surpreso. E fala:

-É Belfort finalmente um local aconchegante, acho que isso é o mais próximo que a atmosfera daqui pode chegar de nossos campos de batalha.

O homem a sua direita fala em seguida:

-Lord, isso nem se compara.

Eric continua:

-Claro que não se compara, mais mesmo assim já me sinto mais confortável.

Dito isso, ele e seus homens seguem em direção a grande passagem em arco.

Ao chegar ao arco Eric percebe um grande salão que separa o corredor do resto da construção, não existem andares superiores, não existe nada acima, literalmente, não há teto e a noite brilha livre nos céus do salão redondo, tem cerca de 46 metros de diâmetro.

No centro há um homem desprovido de vestes, a não ser pela calça, ele está descalço e o suor escorre como se fizessem contornos parecidos com rios, cabelos vermelhos, pele morena, um gladio de madeira na mão direita, nada não esquerda a não ser o encontro com o ar.

13 homens estão a sua volta, observando seu movimento, circulando como a uma presa, todos portam espadas com lâminas aparentemente bem afiadas.

Mas o que se segue não é uma covardia como todos pensariam nessa situação, o homem de cabelos vermelhos consegue transpor os 13 homens agilmente, como uma serpente circundando o caminho e fazendo aberturas em sua passagem pelo mato, a admiração nos olhos dos soldados é algo memorável.

Sua seriedade se atenua e suas feições relaxam quase deixando transparecer um sorriso de alegria e então ele se dirige novamente a seus homem:

-Belfort, Garth, parece que finalmente vejo um guerreiro interessante aqui, fora seu imperador é claro. Estava começando a achar que todos os guerreiros eram como os vigias... risonhos, esguios e facilmente amedrontados. Parece que julguei muito cedo! Esperem aqui, irei falar com ele.

O sorriso de seus homens foi nítido e enquanto Eric seguia de encontro ao homem ruivo, Belfort e Garth conversavam distraidamente, parecia ser sobre o local e os que ali se encontravam. Os mais perceptivos poderiam vêr que mesmo aparentando estar dispersos, sua atenção convergia para seu lider.

Eric se aproxima do homem ruivo e fala ainda a distancia (qualquer marca de relaxamento que antes aparecia em seu rosto agora já não existia e sua feição era de uma fera, não uma fera em fúria mais apenas espreitando um novo território).

-Sou Eric Edbert. Você é o capitão com quem lorde romulos mandou me encontrar?

O homem ruivo observa a figura que se aproxima e ainda com a espada de madeira em punho vira-se para seus homens:

- Se este fosse um combate real, vocês estariam mortos! pelo que posso ver vocês tem muito o que aprender, e já que a luta engajada ainda é o ponto fraco de vocês, peguem as lanças e guardem os gladios, TREINEM MAIS! Romulus não gostará de ver seus homens desse jeito!

Ele se volta para Eric assim que este lhe dirige a palavra pegando uma toalha e enxugando o suor do rosto, guardando a espada de madeira, estende a mão direita:

- Sou Prometheu, capitão da guarda, a que devo a honra Eric Edbert.

De repente o chão da academia treme e pode-se ouvir o grito e urros de muitos homens nos portões próximos do templo de marte.

Eric se vira para seus homem rapidamente e fala:

-Vão olhar oque esta acontecendo.

Voltando-se para Prometheu ele fala:

-Acho que não é a melhor hora para conversarmos, parece que você e seus homens tem assuntos a resolver lá fora, talvez eu tambem tenha.

O homem de cabelos vermelhos pega sua brigandine e coloca-a com presteza, pega dois gladios rapidamente colocando-os em duas bainhas nas costas, ele vira-se para Eric.

- Suponho que existe a possibilidade de vermos nossas habilidades em combate real, gostaria de acompanhá-lo de perto senhor Eric Edbert.

Ele faz um sinal para seus homens que pegam seus corseletes e lanças e correm para a entrada da Academia militar.

- Vamos, não gostaria de perder toda a diversão.

A satisfação agora é nítida nas marcas de seu rosto quando Eric começa a correr atras de seu novo conhecido e fala:

-Ha ha, que lugar interessante esse. Entrei pensando que era uma rotina, mas não paro de me surpreender! Vamos sim meu jovem companheiro, vamos ver se nossa vontade e força se mostra digna logo no primeiro dia!

Quando termina de falar ele e seu novo companheiro atravessam os portões da academia e em sua face não se via mais satisfação ou felicidade, agora frente a seus prováveis inimigos apenas se via o abismo... o abismo da guerra, do sangue e da morte e agora podia-se vêr claramente em seu rosto, que se alguém já matou muito em sua vida, esse alguém era ele.

Prometheu e Eric saem da Academia e podem avistar na entrada do templo ao longe cerca de 40 homens com capaz vermelhas e portando lanças, Prometheu grita enquanto corre:

-Espartanos! o que diabos eles fazem aqui!?


off: essa parte do discurso sera copiada no templo de marte e deve continuar por la

De volta nos domínios da academia Eric volta a falar com sério com prometeu.

-E então? Para que o regente Romulos me mandou até você?

Prometheu guarda os gladios passando um pano pelas mãos, mais uma vez segue até uma bacia bronze presa por uma haste de metal próximo de uma das pilastras, lava o rosto, e as mãos.
- Só existe um motivo pelo qual ele pode tê-lo enviado até mim, ele precisa testar suas capacidades, e quando digo capacidades, eu não me refiro a isso aí apenas.

Dito isso ele aponta pros machados

Com a fisionomia séria ele pergunta:

-hmmm... e quais as minhas capacidades ele quer que você teste?

Prometheu parece divagar sobre lembranças obscuras no mais profundo de sua mente e fica alguns segundos sem responder, mas retorna como que de um transe e fala

- Lealdade, astúcia, força de vontade...são apenas algumas das características que Romulus emprega em seu dia a dia e que ele exige que seus capitães e generais façam o mesmo.

- Posso ser honesto com você?

-Pode claro, não esperaria menos.

- Metade desses soldados são recém-formados, adquiridos de tribos primitivas que moram na região onde estamos agora, o primeiro treinamento militar, eles receberam com Romulus, o segundo provavelmente será feito por você e por aquele espartano que chegou esta noite.

Prometheu pensa durante alguns segundos.

- Eu achei que Romulus quisesse somente transformar roma em uma máquina de matar, mas vejo que isso está um pouco além do que eu imaginava, estamos falando de mudança de hábitos, um novo nascer do sol...um poderio militar espartano, uma determinação etruria, um poder bélico assírio...creio que a mudança vai partir do interior pro exterior, diferentemente do que vemos em outros povos.

-Realmente os acontecimentos são interessantes e a combinação parece muito promissora... agora sobre treinar eles, posso treinar o físico deles, a resistência mental, posso ensinar a lutar em floresta e tirar vantagem do terreno em suas batalhas, mais outras tácticas ou estrategias de guerra, eu mesmo estou aqui para aperfeiçoar. Imagino que os espartanos recem chegados serão perfeitos para observar.

-Mesmo sabendo que meus homens são verdadeiras feras em combate, ainda encontro dificuldade de organizar-los na guerra, a sede da batalha no sangue deles é dominante e acaba levando eles a fúria em luta, eu imagino que essa geração não possa ser mudada, mas tentarei implementar oque eu descobrir nessa viagem nas próximas gerações...

Faz uma pausa pensativo e volta a falar.

-Tenho certeza, se eu conseguir um equilíbrio entre a ordem espartana e romana com a força e fúria germânica a combinação será memorável.

- Esse será nosso acordo então Eric Edbert, formar uma máquina de guerra perfeita.

Estende a mão para apertar a do germânico.

Agora podia se ver claramente um sorriso, quase que macabro escondidos nas longas barbas do imponente guerreiro, e pelo poco que seu novo amigo sabia sobre ele era fáscio notar que isso não acontecia com frequência.

-Gostei do seu tom meu amigo! E mais ainda da sua proposta! Tenho certeza em ainda vamos presenciar fatos muito interiçantes antes de nossos objetivos se realizarem e quem sabe até lá e derrepente depois eu possa apoiar-me em sues ombros!

Dito isso Eric começa a sentir os efeitos da manhã se aproximando e a escuridão no céu começa a amenizar, ai então ele sabe que esta na hora de se retirar.

-Bom Prometeu, tenho a noite foi longa e o dia será mais ainda. Tenho que terminar de instalar meu povo e ainda nem mesmo conheci minha nova morada. Me encontrarei com meus homens e mulheres, realizarei meu papel para com eles, Gosto de dedicar o dia e a tarde para cuidar de assuntos pessoais, tanto de meditação e devoção a divindade que me guia como para treinamento e aprimoramento pessoal. Logos devemos nos ver novamente no próximo anoitecer para que possamos começar oque temos que fazer.

Dito isso Eric espera a resposta de Prometheus o cumprimenta uma ultima vez e vai junto com s 2 guerreiros que o acompanhavam para sua nova morada em roma.

-Eric, nos vemos amanhã, tem um destacamento de soldados que quero que você veja!

Prometheu aperta a mão do gigante e sorri, já observando entrada da cademia como se soubesse que alguém está chegando.